Tenho a obrigação de esclarecer os portugueses de um engano em que se encontram há mais de 35 anos: a dita "Revolução do 25 de Abril" não aconteceu. É verdade. Tudo não passou de uma grande "peta" congeminada por alguns militares que queriam dar nas vistas associados a Mário Soares, Cunhal e outros que queriam mais poder e mais notoriedade.
O que chamam de Revolução de Abril de 1974 é um valente engodo. Não teve nada de Revolução, nem foi em Abril de 1974.
O que houve foi uma mudança de governo, pensada e preparada por Marcelo Caetano. Apenas a sede de poder e o não entendimento entre comunistas e os outros antecipou uns meses a transição.
No entanto, tudo continuou na mesma.
Tudo continua na mesma. A começar pelas pessoas que são as mesmas: se os pais morreram, deixaram os filhos (nepotismo doentio). Em vez de o país ser governado pelos melhores, é governado pelos herdeiros, sejam bons ou maus. Nós temos tido azar: são tão maus..
Perguntarão, mas se estão aqueles é porque os outros cidadãos os elegem.. Logo têm legitimidade..
Sim. Mas quem é elegível? São os membros dos partidos políticos. E quem pode ser membro de um partido político para depois poder ser eleito? Apenas aqueles que os filiados convidarem, isto é os filhos, os compadres e afins. Porque será que as fichas de inscrição nos partidos políticos em Portugal têm um campo de preenchimento obrigatório onde se indica qual é o militante que propõe o novo militante? Ninguém pode espontaneamente auto-propor-se como militante. Tem de ser proposto por outro militante e de preferência com poder na estrutura partidária... Está tudo dito.. É por isso que os partidos estão recheados de "mesquitas", "machados", "reis" "costas", "pires de limas", "britos", etc. etc.
Quanto às normas orientadoras da vida em sociedade, as leis, são as mesmas. A legislação actual é dos anos 50 e 60 ou sofreu apenas actualizações, mantendo a mesmíssima matiz.
Não obstante, houve coisas que pioraram bastante.
As políticas.
Tornaram-se mais tontas, sem sentido e despesistas. Quem governa fá-lo para certas pessoas ou grupos e não para o bem comum. Fazem-no com o falacioso argumento de que estão a potenciar o desenvolvimento e a criar riqueza. Levam ao colo amorins, belmiros, salgados, mota-engil's, e companhia, à custa dos pobres desgraçados trabalhadores. À custa destes mesmos e com o dinheiro deles pode dar-se, repito dar-se, de prémio 1 milhão de euros a cada administrador de empresas públicas que mais não fez que cumprir o seu dever (se é que o fez..)
As grandes vergonhas nacionais são CGD, EDP, PT, GALP.
Lamentamos o facto de não ter acontecido a revolução que o povo esperava. E, além disso, de muita gente ter sido e continuar enganada.
Mas ainda vamos a tempo (enquanto não chega a banca-rota que não tardará)! Vamos a tempo mas tem de ser brevemente! Não podemos demorar. Acredito que somos capazes de depor essa escumalha porque somos mais! A maioria do povo sabe que anda a ser enganada. A abstenção nas eleições é clara. É sempre a vencedora! Quem se abstém, fá-lo porque sabe que está a ser enganado! Vamos colocar isto na ordem! Vamos fazer a dita revolução que está por fazer desde o século XIX.
Com armas ou sem armas, não interessa. O que tem de ser tem muita força! Isto tem de acontecer. Aliás, o próprio Presidente da República também sabe e sente isso mesmo ao dizer que o ano de 2010 pode tornar-se explosivo. Eu não iria tão longe. Não é preciso que seja explosivo, mas é preciso que haja mudança. Mas mudança a sério. Chamem-lhe revolução ou o que quiserem. É preciso muita força porque os abutres têm a máquina do Estado de lado deles e todos os recursos ao seu alcance. Mas sabemos que a força está na população. A força está na vontade das pessoas. Como dizia Schopenhauer, a vontade comanda mundo.
Nós queremos salvar o país que os nossos antepassados nos deixaram. Mas cada dia que passa torna-se mais difícil. Ou conseguimos a curto prazo ou tudo está irremediavelmente perdido.