terça-feira, 2 de dezembro de 2014
sábado, 29 de novembro de 2014
UM FINGIDOR
Partilho integralmente da opinião de Vasco Pulido Valente, em artigo publicado no Jornal Público em 28/11/2014, que abaixo transcrevo.
«Nunca gostei da personagem política “José Sócrates”, desde a campanha para secretário-geral do PS (em que ele prometeu não aumentar impostos que, de facto, aumentou) até à sua ascensão a primeiro-ministro, muito ajudado por Pedro Santana Lopes e pela reputação de autoritário que entretanto adquirira.
Não tranquiliza particularmente ser governado por um indivíduo que se descreve a si mesmo como um “animal feroz”, nem por um indivíduo que prefere a força política e legal à persuasão e ao compromisso. Se o tratam mal a ele agora, seria bom pensar na gente que ele tratou mal quando podia: adversários, serventes, jornalistas, toda a gente que tinha de o aturar por necessidade ou convicção. Sócrates florescia no meio do que foi a sufocação do seu mandato.
O dr. António Costa quer hoje separar os sarilhos de um alegado caso criminal do seu antigo mentor da política do Partido Socialista e do seu plano para salvar a Pátria. O que seria razoável, se José Sócrates não encarnasse em toda a sua pessoa o pior do PS: o ressentimento social, o narcisismo, a mediocridade, o prazer de mandar. Claro que, como qualquer arrivista, Sócrates se enganou sempre. Começou pelos brilhantíssimos fatos que ostentava em público, sem jamais lhe ocorrer se as pessoas que se vestiam “bem” se vestiam assim. Veio a seguir a “licenciatura” da Universidade Independente, como se aquele papel valesse alguma coisa para alguém. E a casa da Rua Braamcamp, que é o exacto contrário da discrição e do conforto e último sítio em que um político transitoriamente reformado se iria meter.
Depois de sair do Governo e do partido, Sócrates mostrava a cada passo a sua falsidade, não a dos negócios, que não interessam aqui, mas da notabilidade pública, por que desejava que o tomassem. Resolveu estudar em Paris, para se vingar da humilhação do Instituto de Engenharia e da Universidade Independente, e resolveu fazer um mestrado em “Sciences Po”, sem perceber que o mestrado é uma prova escolar de um estatuto irrisório. Em Paris, viveu no “seizième”, o bairro “fino”, como ele achava que lhe competia, e, de volta a Lisboa, correu para a RTP, onde perorava semanalmente para não o esquecerem: duas decisões ridículas que só serviram para o prejudicar, embora estivessem no seu carácter. Como o resto do país, não sei nem me cabe saber se o prenderam justa e justificadamente. Sei – e, para mim, chega – que o homem é um fingidor.»
sábado, 22 de novembro de 2014
SÓCRATES
As mensagens que aqui escrevi em 12 e 26 de Novembro de 2009, 11 e Fevereiro de 2010 e 13 de Abril de 2011, não eram desprovidas de sentido, antes pelo contrário.
Não venho aqui dizer que sou visionário, porque não sou. Para concluir o que concluí, bastava estar atento.
Para reiterar que o dito indivíduo é, de há muitos anos, perverso, malabarista e compulsivamente mentiroso, basta ver a entrevista que deu na RTP em Julho passado.
Como disse um amigo meu: "Aquele ar seráfico mas de boca seca a entaramelar a língua" é, por demais, manifesto da conduta do referido sujeito.
Talvez o habilidoso se tenha enganado quando disse, após perder as eleições em 2011, que nos anos seguintes ia ser feliz. Fácil era prever e ambicionar tal desiderato para quem tinha amealhado mais de 20 milhões de euros em cash e pelo menos três apartamentos de alto luxo, dois na rua Braacamp e um num bairo luxuoso de Paris, durante a sua acção política, através de luvas de vários tamanhos e comissões de várias proveniências.
Não venho aqui dizer que sou visionário, porque não sou. Para concluir o que concluí, bastava estar atento.
Para reiterar que o dito indivíduo é, de há muitos anos, perverso, malabarista e compulsivamente mentiroso, basta ver a entrevista que deu na RTP em Julho passado.
Como disse um amigo meu: "Aquele ar seráfico mas de boca seca a entaramelar a língua" é, por demais, manifesto da conduta do referido sujeito.
Talvez o habilidoso se tenha enganado quando disse, após perder as eleições em 2011, que nos anos seguintes ia ser feliz. Fácil era prever e ambicionar tal desiderato para quem tinha amealhado mais de 20 milhões de euros em cash e pelo menos três apartamentos de alto luxo, dois na rua Braacamp e um num bairo luxuoso de Paris, durante a sua acção política, através de luvas de vários tamanhos e comissões de várias proveniências.
Só que ele próprio referiu, parafraseando o adágio popular, "a verdade vem sempre ao de cima". Eu acrescento que "a mentira tem perna curta" e "quem cabritos vende e cabras não tem, de algum lado lhe vem" e ainda: "não há bem que sempre dure".
Temo é que a justiça seja vencida pelo furacão. 20 milhões compram muita gente.
Temo que nada se dê como provado e ainda tenhamos de indemnizar o prevaricador.
Temo que a haver pena, seja simbólica, pensa suspensa, e ele se fique rir.
Temo que, na pior das hipóteses para o energúmeno, lhe seja aplicada uma pena mínima, só para cumprir o preceito, tipo um anito ou coisa assim, e ele lá esteja esse tempo no chilindró, com tratamento vip, e se continue a rir.. porque 20 milhões esperam e dão bom juro, e os apartamentos não se degradam assim tão rápido e a felicidade apenas tenha tido um interregno, que começou ontem.
Temo é que a justiça seja vencida pelo furacão. 20 milhões compram muita gente.
Temo que nada se dê como provado e ainda tenhamos de indemnizar o prevaricador.
Temo que a haver pena, seja simbólica, pensa suspensa, e ele se fique rir.
Temo que, na pior das hipóteses para o energúmeno, lhe seja aplicada uma pena mínima, só para cumprir o preceito, tipo um anito ou coisa assim, e ele lá esteja esse tempo no chilindró, com tratamento vip, e se continue a rir.. porque 20 milhões esperam e dão bom juro, e os apartamentos não se degradam assim tão rápido e a felicidade apenas tenha tido um interregno, que começou ontem.
No entanto, do vexame já ninguém o livra. Esta é a segunda noite que vai dormir nos calabouços do comando distrital da PSP onde ficam os delinquentes encontrados durante a noite em desobediência à lei.
E é adequado o espaço ou até seja demais para ele, porque este é um tipo de delinquente muito mais grave: em desobediência à lei não só de noite e esporadicamente, mas de dia e de noite, há mais de duas décadas, surripiando os cofres do Estado e de todos os contribuintes, usando os cargos públicos em benefício próprio como foi no caso do decreto-lei do perdão fiscal para quem trouxesse o dinheiro sujo que tinha lá fora, não incorria em processo crime, pagava 5% às Finanças em vez de 50% como era até então.
Dos 20 milhões que trouxe, pagou 1 milhão e ficou com o dinheiro "limpo" e "legal".
Dos 20 milhões que trouxe, pagou 1 milhão e ficou com o dinheiro "limpo" e "legal".
Enfim, as artimanhas foram tantas que a história as trará ao de cima.
Mas de uma coisa estou certo, nunca o país, apesar dos mais perturbados períodos da nossa história de mais de 800 anos, teve à frente do governo um corrupto desta natureza tão pernicioso para o país. Nunca se viu à frente dos destinos do país tamanho perspicaz feiticeiro e elaborado malabarista de esquemas para enriquecimento pessoal.
Tenho vergonha de pertencer a um país que elegeu esta criatura, que só pode ter vindo do Hades, para chefe do governo, muito embora eu nunca tenha votado no partido que o acolheu, e sempre tenha alertado para o embuste que ele estava a fazer ao povo português.
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