O Presidente da República perdeu a noção da dignidade do cargo. Este discurso é o corolário de uma atitude que vinha esboçando com um ou outro discurso à Nação. Para quê contar as verdades quando se zangam as comadres? Para quê fazer queixinhas aos portugueses das atitudes do governo e, ainda por cima, dois dias depois de ser reeleito? Os portugueses não querem saber da chincalhada entre políticos, entre órgãos de soberania. Querem é que eles cumpram a função para a qual foram eleitos. E a função do Presidente não é de certeza brincar às escutas e aos emails, descendo ao nível dos meninos da escola a fazer queixas dos outros.
Se houve problemas como provavelmente houve, o Presidente tem de os resolver e está mandatado para isso. Não é ele o mais alto magistrado a Nação? Não pode ele repreender o governo em privado, tentando corrigir as coisas e, se não conseguir, demiti-lo?
Então que não brinque com o cargo porque os portugueses não gostam disso e começam a ter saudades da monarquia.
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