quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O ALARME SOCIAL

O país não pode ser governado por pessoas sobre quem recaia qualquer suspeita,
dizem os comentadores, fingidamente inocentes...
Ora, para quê encobrir o óbvio? Há que dizer a verdade! Nunca ouvi ninguém ser claro e transparente nesta matéria...
Na verdade o que se passa é o seguinte:
O país não pode suspeitar de quem o governa!
Os ditos senhores do sistema defendem veladamente esta postura por causa do alarme social...
Este axioma não é recente. Pelo contrário, vem do tempo do antigo regime.
Aliás é a mais fiel postura de seguidismo desse regime.
Quem tanto o critica, quando precisa para sobreviver politicamente e safar-se de uns anos de cadeia, acaba por imitá-lo.
Evitar o alarme social é a razão para encobrir crimes de toda a espécie.
Os tribunais colaboram muito bem nisto.
Para que o país não suspeite de determinados senhores e, não vá o diabo tecê-las, a suspeita, já de si má, levar a investigações e a provar algo, o melhor é abafar os casos, logo no início, seja pelo arquivamento (o mais comum método de abafar um caso), seja pela destruição de provas, este sim, mais seguro, que o diga o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento.
O Procurador Geral da República, como é óbvio, grande homem do sistema, não poderia fazer outra coisa que "proteger o povo" do mal que lhe faria conhecer as "bonitas" conversas do primeiro ministro. Mais um grande homem a evitar o alarme social!

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