A Democracia é uma terrível ditadura. Não me refiro ao facto de ser a ditadura da maioria como normalmente se classifica.
É muito pior do que isso. Trata-se da ditadura de algumas elites que, escravas dos seus variados interesses em que todos concorrem para um único e endeusado interesse, o económico, escondidas e legitimadas por supostas eleições, manipulam os portugueses e a riqueza nacional, fruto do trabalho de cada cidadão, para satisfazer exclusivamente aquele doentio interesse económico da pequeníssima elite ditadora, bem evidente nos magnatas que lideram as empresas públicas e os grupos económicos.
Que eleições são estas onde a maioria não se pronuncia? Que validade moral têm quando a decisão é tomada por uma minoria que participa na farsa? A validade legal têm-na porque são os enviados, fámulos ou escravos daqueles que fazem as leis. Tudo é legal. Por isso, nada nem ninguém se pode opor. Os tribunais também pegam ao pálio porque estão controlados e (infelizmente) a sua acção é apenas julgar a correcta aplicação e o cumprimento da lei. Também no 3º Reich era assim. Também lá, tudo era legal, tudo estava consignado em leis devidamente elaboradas, votadas e aprovadas.
Em todas as ditaduras o segredo está em tomar conta da máquina do poder para elaborarem leis adequadas ao prosseguimento do fim desejado.
Tanto se fala nos diamantes que Charles Taylor ofereceu a Naomi Campbell, a que a comunicação social chamou diamantes de sangue por serem conseguidos a troco de armas para manter uma guerra. Com muito mais razão podemos afirmar que os lucros alcançados pelas empresas e grupos económicos, bem como os obscenos salários dos seus dirigentes são lucros e salários de sangue e de muito sangue porque são conseguidos à custa do trabalho, dos impostos e da exploração de necessidades básicas de milhões de cidadãos.
terça-feira, 6 de abril de 2010
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
EM LEGITIMA DEFESA
A demissão do governo é inevitável. Poucos dias restam a Sócrates. Tem de se demitir.
A torrente já é tão forte que ele não consegue aguentar. Tapa aqui, sai acolá, segura ali, foge dali, encobre esta, aparece outra...
É, de facto, de lamentar tanta evidência e ele ainda se aguentar no poder. E mantém-se porque muitos outros da estirpe dele o mantém lá para se safarem a si próprios..
É de lamentar a falta de pudor a que chegou a "coisa pública".. Nem na 1ª República a coisa foi tão negra, tão nojenta, tão baixa e tão horrenda!
Fala-se em falta de ética, em confusão de ética com questões jurídicas, e tudo isso é verdade. Mas a situação já ultrapassou essas fases, agora chegou-se ao ponto de falta de vergonha, que é o estádio imediatamente anterior ao caos, à revolta generalizada e à guerra civil.
Será preciso chegarmos a essa lastimosa solução, estúpida opção, que já devia ter caído em desuso, de pegar em armas?
A Antiguidade foi há muito tempo. A Idade Média já vai para mil anos. Na era Moderna, a palermice de tontos vê-se que foi descabida. Na Contemporânea, há poucas décadas, constatou-se, por duas vezes, que a força não foi o melhor caminho, apenas comprovou, à saciedade, a maior humilhação da humanidade, aniquilar-se a própria.
Não obstante, a questão do uso da força coloca-se sempre que alguém insiste em querer aniquilar o outro. Trata-se da legitima defesa.
Ora, é disto que se trata neste momento. O execrável e indecente indivíduo José Sócrates está a atentar, todos os dias, contra os portugueses (mesmo contra aqueles que inocente e/ou estupidamente votaram nele). Mas também muitos indivíduos por esse país abaixo nos partidos políticos, em empresas públicas, em ministérios, em secretarias de Estado, em Câmaras Municipais, etc. É um ENORME POLVO, ainda maior, com mais pernas e mais enrodilhado do que aquele que amanhã o Jornal SOL vai trazer na capa...
A paciência esgota-se.
A tolerância tem limites... que são o garante da sua própria possibilidade de existência.
Portugal tem de arrepiar caminho!
Os portugueses precisam de gente séria e decente para governar!
O governo tem de se demitir.
O governo está a pedi-las.
Todos os que fazem parte do GRANDE POLVO estão a pedi-las...
O POVO está adormecido, está anestesiado, mas um dia destes acorda estremunhado...
O POVO não gosta do POLVO. Já percebeu que o POLVO come muito, mas quando os tentáculos lhe tirarem o ar que precisa para sobreviver, vai estrebuchar fortemente, vai dar um safanão no polvo e vai tentar desenvencilhar-se dele. Vai matá-lo.
Na verdade, o POVO é maior que o POLVO mas, quieto e paciente, vai-se deixando comer pelo POLVO que nele se enrodilha e o suga até ao dia que lhe começar a apertar a garganta.
Nesse dia, qual Apocalipse, a GRANDE BESTA será derrotada.
Esse dia está próximo. Veni! Quanto nos spectamus!
A torrente já é tão forte que ele não consegue aguentar. Tapa aqui, sai acolá, segura ali, foge dali, encobre esta, aparece outra...
É, de facto, de lamentar tanta evidência e ele ainda se aguentar no poder. E mantém-se porque muitos outros da estirpe dele o mantém lá para se safarem a si próprios..
É de lamentar a falta de pudor a que chegou a "coisa pública".. Nem na 1ª República a coisa foi tão negra, tão nojenta, tão baixa e tão horrenda!
Fala-se em falta de ética, em confusão de ética com questões jurídicas, e tudo isso é verdade. Mas a situação já ultrapassou essas fases, agora chegou-se ao ponto de falta de vergonha, que é o estádio imediatamente anterior ao caos, à revolta generalizada e à guerra civil.
Será preciso chegarmos a essa lastimosa solução, estúpida opção, que já devia ter caído em desuso, de pegar em armas?
A Antiguidade foi há muito tempo. A Idade Média já vai para mil anos. Na era Moderna, a palermice de tontos vê-se que foi descabida. Na Contemporânea, há poucas décadas, constatou-se, por duas vezes, que a força não foi o melhor caminho, apenas comprovou, à saciedade, a maior humilhação da humanidade, aniquilar-se a própria.
Não obstante, a questão do uso da força coloca-se sempre que alguém insiste em querer aniquilar o outro. Trata-se da legitima defesa.
Ora, é disto que se trata neste momento. O execrável e indecente indivíduo José Sócrates está a atentar, todos os dias, contra os portugueses (mesmo contra aqueles que inocente e/ou estupidamente votaram nele). Mas também muitos indivíduos por esse país abaixo nos partidos políticos, em empresas públicas, em ministérios, em secretarias de Estado, em Câmaras Municipais, etc. É um ENORME POLVO, ainda maior, com mais pernas e mais enrodilhado do que aquele que amanhã o Jornal SOL vai trazer na capa...
A paciência esgota-se.
A tolerância tem limites... que são o garante da sua própria possibilidade de existência.
Portugal tem de arrepiar caminho!
Os portugueses precisam de gente séria e decente para governar!
O governo tem de se demitir.
O governo está a pedi-las.
Todos os que fazem parte do GRANDE POLVO estão a pedi-las...
O POVO está adormecido, está anestesiado, mas um dia destes acorda estremunhado...
O POVO não gosta do POLVO. Já percebeu que o POLVO come muito, mas quando os tentáculos lhe tirarem o ar que precisa para sobreviver, vai estrebuchar fortemente, vai dar um safanão no polvo e vai tentar desenvencilhar-se dele. Vai matá-lo.
Na verdade, o POVO é maior que o POLVO mas, quieto e paciente, vai-se deixando comer pelo POLVO que nele se enrodilha e o suga até ao dia que lhe começar a apertar a garganta.
Nesse dia, qual Apocalipse, a GRANDE BESTA será derrotada.
Esse dia está próximo. Veni! Quanto nos spectamus!
domingo, 3 de janeiro de 2010
ESCLARECIMENTO AOS PORTUGUESES
Tenho a obrigação de esclarecer os portugueses de um engano em que se encontram há mais de 35 anos: a dita "Revolução do 25 de Abril" não aconteceu. É verdade. Tudo não passou de uma grande "peta" congeminada por alguns militares que queriam dar nas vistas associados a Mário Soares, Cunhal e outros que queriam mais poder e mais notoriedade.
O que chamam de Revolução de Abril de 1974 é um valente engodo. Não teve nada de Revolução, nem foi em Abril de 1974.
O que houve foi uma mudança de governo, pensada e preparada por Marcelo Caetano. Apenas a sede de poder e o não entendimento entre comunistas e os outros antecipou uns meses a transição.
No entanto, tudo continuou na mesma.
Tudo continua na mesma. A começar pelas pessoas que são as mesmas: se os pais morreram, deixaram os filhos (nepotismo doentio). Em vez de o país ser governado pelos melhores, é governado pelos herdeiros, sejam bons ou maus. Nós temos tido azar: são tão maus..
Perguntarão, mas se estão aqueles é porque os outros cidadãos os elegem.. Logo têm legitimidade..
Sim. Mas quem é elegível? São os membros dos partidos políticos. E quem pode ser membro de um partido político para depois poder ser eleito? Apenas aqueles que os filiados convidarem, isto é os filhos, os compadres e afins. Porque será que as fichas de inscrição nos partidos políticos em Portugal têm um campo de preenchimento obrigatório onde se indica qual é o militante que propõe o novo militante? Ninguém pode espontaneamente auto-propor-se como militante. Tem de ser proposto por outro militante e de preferência com poder na estrutura partidária... Está tudo dito.. É por isso que os partidos estão recheados de "mesquitas", "machados", "reis" "costas", "pires de limas", "britos", etc. etc.
Quanto às normas orientadoras da vida em sociedade, as leis, são as mesmas. A legislação actual é dos anos 50 e 60 ou sofreu apenas actualizações, mantendo a mesmíssima matiz.
Não obstante, houve coisas que pioraram bastante.
As políticas.
Tornaram-se mais tontas, sem sentido e despesistas. Quem governa fá-lo para certas pessoas ou grupos e não para o bem comum. Fazem-no com o falacioso argumento de que estão a potenciar o desenvolvimento e a criar riqueza. Levam ao colo amorins, belmiros, salgados, mota-engil's, e companhia, à custa dos pobres desgraçados trabalhadores. À custa destes mesmos e com o dinheiro deles pode dar-se, repito dar-se, de prémio 1 milhão de euros a cada administrador de empresas públicas que mais não fez que cumprir o seu dever (se é que o fez..)
As grandes vergonhas nacionais são CGD, EDP, PT, GALP.
Lamentamos o facto de não ter acontecido a revolução que o povo esperava. E, além disso, de muita gente ter sido e continuar enganada.
Mas ainda vamos a tempo (enquanto não chega a banca-rota que não tardará)! Vamos a tempo mas tem de ser brevemente! Não podemos demorar. Acredito que somos capazes de depor essa escumalha porque somos mais! A maioria do povo sabe que anda a ser enganada. A abstenção nas eleições é clara. É sempre a vencedora! Quem se abstém, fá-lo porque sabe que está a ser enganado! Vamos colocar isto na ordem! Vamos fazer a dita revolução que está por fazer desde o século XIX.
Com armas ou sem armas, não interessa. O que tem de ser tem muita força! Isto tem de acontecer. Aliás, o próprio Presidente da República também sabe e sente isso mesmo ao dizer que o ano de 2010 pode tornar-se explosivo. Eu não iria tão longe. Não é preciso que seja explosivo, mas é preciso que haja mudança. Mas mudança a sério. Chamem-lhe revolução ou o que quiserem. É preciso muita força porque os abutres têm a máquina do Estado de lado deles e todos os recursos ao seu alcance. Mas sabemos que a força está na população. A força está na vontade das pessoas. Como dizia Schopenhauer, a vontade comanda mundo.
Nós queremos salvar o país que os nossos antepassados nos deixaram. Mas cada dia que passa torna-se mais difícil. Ou conseguimos a curto prazo ou tudo está irremediavelmente perdido.
O que chamam de Revolução de Abril de 1974 é um valente engodo. Não teve nada de Revolução, nem foi em Abril de 1974.
O que houve foi uma mudança de governo, pensada e preparada por Marcelo Caetano. Apenas a sede de poder e o não entendimento entre comunistas e os outros antecipou uns meses a transição.
No entanto, tudo continuou na mesma.
Tudo continua na mesma. A começar pelas pessoas que são as mesmas: se os pais morreram, deixaram os filhos (nepotismo doentio). Em vez de o país ser governado pelos melhores, é governado pelos herdeiros, sejam bons ou maus. Nós temos tido azar: são tão maus..
Perguntarão, mas se estão aqueles é porque os outros cidadãos os elegem.. Logo têm legitimidade..
Sim. Mas quem é elegível? São os membros dos partidos políticos. E quem pode ser membro de um partido político para depois poder ser eleito? Apenas aqueles que os filiados convidarem, isto é os filhos, os compadres e afins. Porque será que as fichas de inscrição nos partidos políticos em Portugal têm um campo de preenchimento obrigatório onde se indica qual é o militante que propõe o novo militante? Ninguém pode espontaneamente auto-propor-se como militante. Tem de ser proposto por outro militante e de preferência com poder na estrutura partidária... Está tudo dito.. É por isso que os partidos estão recheados de "mesquitas", "machados", "reis" "costas", "pires de limas", "britos", etc. etc.
Quanto às normas orientadoras da vida em sociedade, as leis, são as mesmas. A legislação actual é dos anos 50 e 60 ou sofreu apenas actualizações, mantendo a mesmíssima matiz.
Não obstante, houve coisas que pioraram bastante.
As políticas.
Tornaram-se mais tontas, sem sentido e despesistas. Quem governa fá-lo para certas pessoas ou grupos e não para o bem comum. Fazem-no com o falacioso argumento de que estão a potenciar o desenvolvimento e a criar riqueza. Levam ao colo amorins, belmiros, salgados, mota-engil's, e companhia, à custa dos pobres desgraçados trabalhadores. À custa destes mesmos e com o dinheiro deles pode dar-se, repito dar-se, de prémio 1 milhão de euros a cada administrador de empresas públicas que mais não fez que cumprir o seu dever (se é que o fez..)
As grandes vergonhas nacionais são CGD, EDP, PT, GALP.
Lamentamos o facto de não ter acontecido a revolução que o povo esperava. E, além disso, de muita gente ter sido e continuar enganada.
Mas ainda vamos a tempo (enquanto não chega a banca-rota que não tardará)! Vamos a tempo mas tem de ser brevemente! Não podemos demorar. Acredito que somos capazes de depor essa escumalha porque somos mais! A maioria do povo sabe que anda a ser enganada. A abstenção nas eleições é clara. É sempre a vencedora! Quem se abstém, fá-lo porque sabe que está a ser enganado! Vamos colocar isto na ordem! Vamos fazer a dita revolução que está por fazer desde o século XIX.
Com armas ou sem armas, não interessa. O que tem de ser tem muita força! Isto tem de acontecer. Aliás, o próprio Presidente da República também sabe e sente isso mesmo ao dizer que o ano de 2010 pode tornar-se explosivo. Eu não iria tão longe. Não é preciso que seja explosivo, mas é preciso que haja mudança. Mas mudança a sério. Chamem-lhe revolução ou o que quiserem. É preciso muita força porque os abutres têm a máquina do Estado de lado deles e todos os recursos ao seu alcance. Mas sabemos que a força está na população. A força está na vontade das pessoas. Como dizia Schopenhauer, a vontade comanda mundo.
Nós queremos salvar o país que os nossos antepassados nos deixaram. Mas cada dia que passa torna-se mais difícil. Ou conseguimos a curto prazo ou tudo está irremediavelmente perdido.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
O ALARME SOCIAL
O país não pode ser governado por pessoas sobre quem recaia qualquer suspeita,
dizem os comentadores, fingidamente inocentes...
Ora, para quê encobrir o óbvio? Há que dizer a verdade! Nunca ouvi ninguém ser claro e transparente nesta matéria...
Na verdade o que se passa é o seguinte:
O país não pode suspeitar de quem o governa!
Os ditos senhores do sistema defendem veladamente esta postura por causa do alarme social...
Este axioma não é recente. Pelo contrário, vem do tempo do antigo regime.
Aliás é a mais fiel postura de seguidismo desse regime.
Quem tanto o critica, quando precisa para sobreviver politicamente e safar-se de uns anos de cadeia, acaba por imitá-lo.
Evitar o alarme social é a razão para encobrir crimes de toda a espécie.
Os tribunais colaboram muito bem nisto.
Para que o país não suspeite de determinados senhores e, não vá o diabo tecê-las, a suspeita, já de si má, levar a investigações e a provar algo, o melhor é abafar os casos, logo no início, seja pelo arquivamento (o mais comum método de abafar um caso), seja pela destruição de provas, este sim, mais seguro, que o diga o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento.
O Procurador Geral da República, como é óbvio, grande homem do sistema, não poderia fazer outra coisa que "proteger o povo" do mal que lhe faria conhecer as "bonitas" conversas do primeiro ministro. Mais um grande homem a evitar o alarme social!
dizem os comentadores, fingidamente inocentes...
Ora, para quê encobrir o óbvio? Há que dizer a verdade! Nunca ouvi ninguém ser claro e transparente nesta matéria...
Na verdade o que se passa é o seguinte:
O país não pode suspeitar de quem o governa!
Os ditos senhores do sistema defendem veladamente esta postura por causa do alarme social...
Este axioma não é recente. Pelo contrário, vem do tempo do antigo regime.
Aliás é a mais fiel postura de seguidismo desse regime.
Quem tanto o critica, quando precisa para sobreviver politicamente e safar-se de uns anos de cadeia, acaba por imitá-lo.
Evitar o alarme social é a razão para encobrir crimes de toda a espécie.
Os tribunais colaboram muito bem nisto.
Para que o país não suspeite de determinados senhores e, não vá o diabo tecê-las, a suspeita, já de si má, levar a investigações e a provar algo, o melhor é abafar os casos, logo no início, seja pelo arquivamento (o mais comum método de abafar um caso), seja pela destruição de provas, este sim, mais seguro, que o diga o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento.
O Procurador Geral da República, como é óbvio, grande homem do sistema, não poderia fazer outra coisa que "proteger o povo" do mal que lhe faria conhecer as "bonitas" conversas do primeiro ministro. Mais um grande homem a evitar o alarme social!
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
ESCUTAS
As recentes escutas de conversas entre o primeiro ministro e Armando Vara levantam uma boa questão que é a de saber se deve ser permitido, num dito Estado de Direito, usar escutas que revelam crimes quando surgem na investigação de outros crimes distintos dos escutados.
Há quem defenda que não. Mas como? interrogo-me eu. Devem então as autoridades fazer "ouvidos de mercador" e "passar à frente", como que dizendo, "oh que pena, não é este crime que procurávamos.. este foi terrível, grande malandro.. mas não conta, só andamos à cata de outro."
Está tudo louco? Parece que sim. Em nome do dito Estado de Direito, há quem defenda esta teoria.. mas o que é um Estado de Direito? Não me venham com as definições de Hobbes, Locke ou Maquiavel que eu conheço-as muito bem. A intenção era boa, mas a concretização da teoria é feita por habilidosos que criaram uma Democracia e um Estado que mete nojo. Não tem nada de Estado de Direito, é antes um Estado de direitos para "os meninos" e um Estado de Sítio para a população.
Perguntam pelo direito à privacidade? É obvio que defendo o direito à privacidade. Isso implica o direito a confessar crimes e a não ser punido por eles só porque apenas foram contados em privado e as autoridades não sabem... oficialmente? Sim, porque podem saber mas se não for oficialmente já não conta... já não foi crime, terá sido uma boa acção ou apenas uma acção inócua... Afinal, é a forma de a comunidade saber que um dos seus membros prevaricou que define se houve ou não prevaricação? Se ninguém souber, já não há crime? Se a comunidade e as autoridades souberem por determinado meio, também já não há crime? Apenas poderá haver indício de conduta incriminatória se se souber e aparecerem provas quando a autoridade andar especificamente à procura delas e dentro de regras muito apertadas?
É obvio que num VERDADEIRO ESTADO DE DIREITO o mal é sempre mal, quer se saiba quer não se saiba. Quer se saiba desta forma ou daquela. Quem faz mal à comunidade, tem de ser punido. A questão é haver provas. Se as houver, a punição tem de acontecer. Só assim há justiça.
A questão de saber como se encontraram as provas é irrelevante. Salvo como é óbvio, a tortura e atitudes do género que são de repudiar.
O ridículo de dizer que determinadas provas, como as escutas, já não contam porque não era à procura daquelas que andavam, ou porque não havia um mandato de um juiz para as recolher, revela toda a perversidade para encobrir os malfeitores da sociedade.
Toda a gente deve poder falar à vontade. As autoridades devem poder ouvir todas as conversas das pessoas. A privacidade é um direito relativo. Não é superior ao bem comum e ao combate ao crime. Para defender a privacidade de uma pessoa vamos prejudicar milhões de pessoas? A função das autoridades é essa, estar atentas, ver, ouvir, descobrir os crimes e os criminosos. O que ouvem e não constitui crime, não é relevante e ninguém vai usar isso para nada. A privacidade de uma pessoa "normal", é semelhante à privacidade de outra pessoa "normal". Só quem pratica más acções é que tem medo que descubram a sua privacidade.
Quem não cometeu qualquer crime, não vai confessar em público ou em privado que lhe deram um ou dois milhões de euros para autorizar certa coisa ou decidir um concurso... Só se for por brincadeira, por ironia ou porque é doente mental. Mas para isso é que existe a investigação... para ver se é verdade e aprofundar a investigação do crime que aquelas provam indiciam.
Além disso, qualquer pessoa que veja, ouça ou presencie actos atentatórios do Direito não deve denunciar? Deve encobrir? Deve calar-se? Quem cala consente.. "Tão ladrão é o que rouba como o que consente"..
Afinal não vivemos todos numa comunidade? Quem não cumpre as leis está a prejudicar os outros. Os cidadãos não têm direito a exigir que todos cumpram a lei?
Devem estar a pensar num Estado Polícia. Sim. Um Estado em que todos são polícias de todos é que funciona bem. Depois há os polícias profissionais e demais autoridades para averiguar, recolher provas e condenar se for caso disso.
Mas Portugal está, infelizmente, muito longe deste elevado nível de cidadania, democracia e de civilização.
Há quem defenda que não. Mas como? interrogo-me eu. Devem então as autoridades fazer "ouvidos de mercador" e "passar à frente", como que dizendo, "oh que pena, não é este crime que procurávamos.. este foi terrível, grande malandro.. mas não conta, só andamos à cata de outro."
Está tudo louco? Parece que sim. Em nome do dito Estado de Direito, há quem defenda esta teoria.. mas o que é um Estado de Direito? Não me venham com as definições de Hobbes, Locke ou Maquiavel que eu conheço-as muito bem. A intenção era boa, mas a concretização da teoria é feita por habilidosos que criaram uma Democracia e um Estado que mete nojo. Não tem nada de Estado de Direito, é antes um Estado de direitos para "os meninos" e um Estado de Sítio para a população.
Perguntam pelo direito à privacidade? É obvio que defendo o direito à privacidade. Isso implica o direito a confessar crimes e a não ser punido por eles só porque apenas foram contados em privado e as autoridades não sabem... oficialmente? Sim, porque podem saber mas se não for oficialmente já não conta... já não foi crime, terá sido uma boa acção ou apenas uma acção inócua... Afinal, é a forma de a comunidade saber que um dos seus membros prevaricou que define se houve ou não prevaricação? Se ninguém souber, já não há crime? Se a comunidade e as autoridades souberem por determinado meio, também já não há crime? Apenas poderá haver indício de conduta incriminatória se se souber e aparecerem provas quando a autoridade andar especificamente à procura delas e dentro de regras muito apertadas?
É obvio que num VERDADEIRO ESTADO DE DIREITO o mal é sempre mal, quer se saiba quer não se saiba. Quer se saiba desta forma ou daquela. Quem faz mal à comunidade, tem de ser punido. A questão é haver provas. Se as houver, a punição tem de acontecer. Só assim há justiça.
A questão de saber como se encontraram as provas é irrelevante. Salvo como é óbvio, a tortura e atitudes do género que são de repudiar.
O ridículo de dizer que determinadas provas, como as escutas, já não contam porque não era à procura daquelas que andavam, ou porque não havia um mandato de um juiz para as recolher, revela toda a perversidade para encobrir os malfeitores da sociedade.
Toda a gente deve poder falar à vontade. As autoridades devem poder ouvir todas as conversas das pessoas. A privacidade é um direito relativo. Não é superior ao bem comum e ao combate ao crime. Para defender a privacidade de uma pessoa vamos prejudicar milhões de pessoas? A função das autoridades é essa, estar atentas, ver, ouvir, descobrir os crimes e os criminosos. O que ouvem e não constitui crime, não é relevante e ninguém vai usar isso para nada. A privacidade de uma pessoa "normal", é semelhante à privacidade de outra pessoa "normal". Só quem pratica más acções é que tem medo que descubram a sua privacidade.
Quem não cometeu qualquer crime, não vai confessar em público ou em privado que lhe deram um ou dois milhões de euros para autorizar certa coisa ou decidir um concurso... Só se for por brincadeira, por ironia ou porque é doente mental. Mas para isso é que existe a investigação... para ver se é verdade e aprofundar a investigação do crime que aquelas provam indiciam.
Além disso, qualquer pessoa que veja, ouça ou presencie actos atentatórios do Direito não deve denunciar? Deve encobrir? Deve calar-se? Quem cala consente.. "Tão ladrão é o que rouba como o que consente"..
Afinal não vivemos todos numa comunidade? Quem não cumpre as leis está a prejudicar os outros. Os cidadãos não têm direito a exigir que todos cumpram a lei?
Devem estar a pensar num Estado Polícia. Sim. Um Estado em que todos são polícias de todos é que funciona bem. Depois há os polícias profissionais e demais autoridades para averiguar, recolher provas e condenar se for caso disso.
Mas Portugal está, infelizmente, muito longe deste elevado nível de cidadania, democracia e de civilização.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
CAMPANHA ELEITORAL
A campanha eleitoral devia ser uma apresentação, séria e esclarecedora, à comunidade de uma proposta de governo elaborada por um determinado grupo: propostas concretas, plano para as concretizar e equipa que se propõe levar por diante essa missão.
Depois de esclarecida de todas as propostas de governo, a comunidade fará, então, a sua escolha, no dia das eleições.
Ao contrário, as campanhas eleitorais, em especial estas que decorrem para as autarquias locais, são tudo menos o que deviam ser. São ridículas.
Todo o esquema montado, a dita "máquina de campanha" é incompreensível e perverte o verdadeiro sentido de um esclarecimento das pessoas para uma escolha eleitoral.
A pedincha do voto quase pessoa a pessoa é degradante. A pantominice das chamadas "arruadas" com bombos, concertinas e afins, bem como os chamados "comícios" embrulhados com concertos musicais são da mais baixa parolice que já vi. Mais parecem um circo sem-sentido, degradante e repudiante.
Depois dos resultados, os vencedores festejam, saltam, cantam, bebem, comemoram... Mas porquê? O que ganharam? Saiu-lhes o euromilhões? Pelas celebrações mais que esfuziantes, parece que ganharam muito a título pessoal.. Se o que parece, é, muito mal vamos.. Mas realmente, ao que tudo indica, andamos por esses caminhos e andamos muito mal na sociedade portuguesa. Quem é eleito para governar um município é como que lhe tenha saído o euromilhões!...
Quando, na verdade, depois de uma eleição ninguém ganhou nem ninguém perdeu. Apenas uma equipa e um projecto foram escolhidos para governar a comunidade naquele espaço de tempo de 4 anos. Em vez de festejarem como loucos, devem, sim, sentir o peso da responsabilidade que agora recai sobre eles.
Porventura, em vez de alegria, deverão sentir alguma tristeza por terem um fardo tão pesado pela frente: corresponderem às expectativas que neles a comunidade depositou e governarem a coisa pública de forma equilibrada e equitativa, procurando sempre o bem de todos, o que nem sempre poderá ser conseguido.
Depois de esclarecida de todas as propostas de governo, a comunidade fará, então, a sua escolha, no dia das eleições.
Ao contrário, as campanhas eleitorais, em especial estas que decorrem para as autarquias locais, são tudo menos o que deviam ser. São ridículas.
Todo o esquema montado, a dita "máquina de campanha" é incompreensível e perverte o verdadeiro sentido de um esclarecimento das pessoas para uma escolha eleitoral.
A pedincha do voto quase pessoa a pessoa é degradante. A pantominice das chamadas "arruadas" com bombos, concertinas e afins, bem como os chamados "comícios" embrulhados com concertos musicais são da mais baixa parolice que já vi. Mais parecem um circo sem-sentido, degradante e repudiante.
Depois dos resultados, os vencedores festejam, saltam, cantam, bebem, comemoram... Mas porquê? O que ganharam? Saiu-lhes o euromilhões? Pelas celebrações mais que esfuziantes, parece que ganharam muito a título pessoal.. Se o que parece, é, muito mal vamos.. Mas realmente, ao que tudo indica, andamos por esses caminhos e andamos muito mal na sociedade portuguesa. Quem é eleito para governar um município é como que lhe tenha saído o euromilhões!...
Quando, na verdade, depois de uma eleição ninguém ganhou nem ninguém perdeu. Apenas uma equipa e um projecto foram escolhidos para governar a comunidade naquele espaço de tempo de 4 anos. Em vez de festejarem como loucos, devem, sim, sentir o peso da responsabilidade que agora recai sobre eles.
Porventura, em vez de alegria, deverão sentir alguma tristeza por terem um fardo tão pesado pela frente: corresponderem às expectativas que neles a comunidade depositou e governarem a coisa pública de forma equilibrada e equitativa, procurando sempre o bem de todos, o que nem sempre poderá ser conseguido.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
O DESVARIO
O Presidente da República perdeu a noção da dignidade do cargo. Este discurso é o corolário de uma atitude que vinha esboçando com um ou outro discurso à Nação. Para quê contar as verdades quando se zangam as comadres? Para quê fazer queixinhas aos portugueses das atitudes do governo e, ainda por cima, dois dias depois de ser reeleito? Os portugueses não querem saber da chincalhada entre políticos, entre órgãos de soberania. Querem é que eles cumpram a função para a qual foram eleitos. E a função do Presidente não é de certeza brincar às escutas e aos emails, descendo ao nível dos meninos da escola a fazer queixas dos outros.
Se houve problemas como provavelmente houve, o Presidente tem de os resolver e está mandatado para isso. Não é ele o mais alto magistrado a Nação? Não pode ele repreender o governo em privado, tentando corrigir as coisas e, se não conseguir, demiti-lo?
Então que não brinque com o cargo porque os portugueses não gostam disso e começam a ter saudades da monarquia.
Se houve problemas como provavelmente houve, o Presidente tem de os resolver e está mandatado para isso. Não é ele o mais alto magistrado a Nação? Não pode ele repreender o governo em privado, tentando corrigir as coisas e, se não conseguir, demiti-lo?
Então que não brinque com o cargo porque os portugueses não gostam disso e começam a ter saudades da monarquia.
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